domingo, 27 de agosto de 2017

Golpista Temer Condena o Povo Guarani * CIMI

Governo Temer Condena os Guarani por Crimes do Estado Brasileiro - Nota do Cimi sobre a Portaria 683/17 do Ministério da Justiça


É injusta, discriminatória, vergonhosa e genocida a iniciativa do governo Temer, por meio do Ministro da Justiça Torquato Jardin, de anular a declaração de tradicionalidade Guarani da terra indígena Jaraguá, no estado de São Paulo. Ao anular a portaria 581/15, que reconhece como de posse permanente dos Guarani uma área aproximada de 512 hectares, por meio da Portaria 683/17, publicada neste 21 de agosto, o governo Temer condena mais de 700 Guarani a viverem confinados em 03 hectares de terra, espaço flagrantemente insuficiente para os mesmos viverem de acordo com seus usos, costumes, crenças e tradições.

Ao tentar justificar a anulação da Portaria 581/15 afirmando que a mesma só teria legalidade e validade se publicada no máximo 5 anos após a demarcação dos 03 hectares, em 1987, o governo Temer pune os próprios Guarani pela omissão e morosidade do Estado brasileiro. Com a Portaria 683/17, o governo Temer anula o direito dos Guarani à sua terra pelo fato deste direito não ter sido reconhecido há, pelo menos, 25 anos pelo Estado brasileiro.  Ao culpar e punir as vítimas, Temer eleva ainda mais o nível de cinismo e de injustiça do seu governo.

Não restam dúvidas de que o governo Temer é o mais antiindígena desde a ditadura militar. Além de não ter publicado portarias declaratórias e decretos de homologação de terras indígenas, Temer agride os povos originários e seus direitos com radicalismo e recorrência. Dentre outras iniciativas, neste sentido, podemos citar: a Portaria 80/17, que institui um Grupo de Trabalho para rever procedimentos de demarcação de terras indígenas no âmbito do Ministério da Justiça; o Decreto 9010/17, que eliminou mais de 300 cargos do quadro de pessoal da Fundação Nacional do Índio (Funai); o Parecer 001/17 da AGU, aprovado pelo Presidente Temer, que, em total desrespeito às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), obriga toda a administração pública a aplicar a tese do Marco Temporal e condicionantes em todos os processos de demarcação de terras indígenas no Brasil.

O governo Temer funciona como um escritório avançado de latifundiários e de grandes corporações empresariais, muitas delas multinacionais, ligadas ao agronegócio no Brasil. Enquanto estes espalham o terror no campo e nas florestas por meio de assassinatos em série e grilagem em massa de terras públicas, o governo Temer os premia e os ajuda estruturalmente na tentativa de eliminarem os povos indígenas, quilombolas, pescadores e pescadoras artesanais, demais comunidades tradicionais, pequenos agricultores, posseiros, campesinos e trabalhadores rurais sem terra no Brasil.

A exportação de commodities agrícolas é o combustível que abastece e legitima o funcionamento dessa máquina da morte Brasil afora. A sociedade brasileira, a comunidade internacional e os governos cujos países importam essas mercadorias precisam estar cientes disso e devem tomar medidas efetivas para colocar um freio nessa situação.

Diante dos golpes e agressões em curso contra os povos originários, cumpre-nos fazer ressoar as palavras do Papa Francisco que interpela o mundo ao afirmar que “com efeito, para eles, a terra não é um bem econômico, mas dom gratuito de Deus e dos antepassados que nela descansam, um espaço sagrado com o qual precisam de interagir para manter a sua identidade e os seus valores. Eles, quando permanecem nos seus territórios, são quem melhor os cuida”. (Laudato Si 146).

Repudiamos com veemência a publicação da Portaria 683/17 e cobramos sua imediata revogação. Por fim, manifestamos irrestrita solidariedade aos Guarani e com eles afirmamos: o Jaraguá é Guarani.

*_Brasília, DF, 22 de agosto de 2017_*
*_Conselho Indigenista Missionário-Cimi_*

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Demarcação Indígena: Guarani Kaiowá * antonio Cabral Filho - RJ

Demarcação Indígena: Guarani Kaowá
O Martírio dos Guarani Kaiowá,
documentário sobre a luta dos índios por suas terras
no Mato Grosso do Sul
https://goo.gl/Ydtpj8 
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sexta-feira, 21 de abril de 2017

19 de Abril - Dia dos Povos Nativos do Brasil * Antonio Cabral Filho - RJ

19 de Abril - Dia dos Povos Nativos do Brasil
Índio é a .... 
que não merece ser xingada por ninguém, até porque ela não ensinou seu filho a invadir países e matar gente de outras partes do mundo em troca de vis metais...

Mas é preciso parar com essa estória de chamar os nativos precursores do país hoje denominado Brasil de ÍNDIOS. Primeiro, eles não são índios, pois essa denominação foi criada pelos portugueses mercenários da Coroa para se referir aos habitantes da Índia, para onde eles achavam que se dirigiam. Assim, no momento em que aportaram em Cabrália, próximo a Porto Seguro, na Bahia, tacaram a expressão em todos que apareceram aos seus olhos.

Segundo, essa expressão é ofensiva, uma vez que define alguém como selvagem, primitivo, homem das cavernas, chucro, sem cultura etc, o que não é o caso. Nossos antepassados são detentores de alta cultura; dominam a música, produzem seus instrumentos musicais, são naturalmente dançarinos, criam armas de caça e pesca, vivem harmonicamente com a natureza, não produzem lixo, não desenvolvem doenças e sua medicina é respeitada por todos os estudiosos dignos de consideração. E o aspecto mais importante a respeito deles, é que nunca desenvolveram indústria de guerra. Em toda sua história, apesar dos conflitos que possam existir entre as tribos, nenhuma se conduziu na direção da beligerância, sobretudo armada nos termos em que conhecemos a indústria bélica branca.
Portanto, não procede o uso de qualquer expressão que venha depreciá-los, muito pelo contrário. A indústria de deturpações criada pela sociedade branca só serve para denegrir a ela própria. Haja vista sua criação de doenças... uma vez que se acha tão científica!
Mas queria deixar aqui um convite à reflexão sobre os últimos acontecimentos sobre os Povos Nativos do Brasil:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2017-04/povos-indigenas-conheca-os-direitos-previstos-na-constituicao 
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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Resistência Indígena - Filme * Antonio Cabral Filho - RJ

Resistência Indígena
Aborda o drama das Nações Indígenas brasileiras e fronteiriças, permanentemente sob a ameaça dos invasores: religiosos, madeireiras, extrativistas, ambientalistas, curiosos, desintegrados da sociedade capitalista buscando refúgio e cura para seus "maus estares da civilização branca", pensando que uma aldeia indígena é uma clínica, que uma tribo tem alguém provendo a sua subsistência, que o cotidiano de uma nação indígena é um piquenique....
Acesse
http://www.videocamp.com/pt/playlists/resistencia-indigena 
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sábado, 21 de janeiro de 2017

Nota Da APIB Contra Intervenção Golpista Na FUNAI * Antonio Cabral Filho - RJ

Nota Da APIB Contra Intervenção Golpista Na FUNAI

 
Nota de Repúdio contra a Portaria Nº 68 que muda os
procedimentos de demarcação das terras indígenas

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) atendendo o clamor de suas bases manifesta publicamente a sua indignação e repúdio à decisão do governo de facto de Michel Temer de publicar por meio do seu Ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, a Portaria Nº 68, de 14 de janeiro de 2017, através da qual, pretende mudar os procedimentos de demarcação das terras indígenas estabelecidos pelo Decreto 1775 / 96.

O governo, com essa medida, rasga de cara o texto constitucional que reconhece os direitos indígenas, e o Decreto 1775 que embasa a demarcação das terras indígenas.

A Constituição afirma: “São reconhecidos aos índios, sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarca-las, proteger e fazer respeitar todos seus bens”. A carta magna não diz que os povos indígenas só tem direitos a partir da promulgação da mesma, em 1988. No entanto, os inimigos dos povos indígenas fazem de tudo para negar os direitos originários dos povos indígenas às terras que não só tradicionalmente mas milenarmente lhes pertence mesmo não sendo todas as que possuíam no momento da invasão colonial.

A publicação da Portaria Nº 68, - primeira norma explícita de mudanças nos procedimentos de demarcação das terras indígenas-, como foi no caso das indicações do Presidente e de diretores para a Funai, sob pressão do Partido Social Cristão (PSC) é só mais um indicativo de que o Governo Temer é mesmo subserviente do poder econômico vinculado ao agronegócio e de seus porta-vozes agrupados na bancada ruralista do Congresso Nacional. Nesse sentido, após ter negado a existência de um novo decreto que altera o procedimento de demarcação, publica uma portaria recheada de propostas contidas na minuta desse instrumento vazada pela imprensa a finais de 2016, todas absolutamente inconstitucionais e violadoras dos direitos originários dos povos indígenas.

A portaria manifesta de início preocupação pela desconstituição do “domínio privado” em decorrência das demarcações; deturpa o texto constitucional na tentativa deslegitimar as demandas territoriais dos povos indígenas; manipula o teor do decreto 1775 e da Declaração da ONU sobre os direitos dos povos indígenas, redunda em procedimentos, como o princípio do contraditório já assegurado desde os inícios do processo de demarcação, e institui um Grupo de Trabalho que terá o propósito de “avaliar” os processos de demarcação das terras indígenas, possibilitando que decisão de natureza política prevaleça sobre as conclusões de estudos técnicos e multidisciplinares da Funai; abre as possibilidade da realização de diligências, audiências públicas e meios de participação das “partes interessadas”; e propõe a observância de uma “jurisprudência do STF sobre a demarcação de Terras Indígenas” que não existe.

Contrariamente ao propósito de “conciliar celeridade e segurança jurídica”, o governo Temer cria mais entraves à conclusão dos procedimentos de demarcação, ou seja, quer inviabilizar a demarcação das terras indígenas, o que faz mediante a criação de uma instancia política no âmbito do ministério da justiça para subsidiar a tomada de decisão sobre os processos de demarcação, enfraquecendo, assim, a já fragilizada Funai e seus análises de mérito sobre o direito territorial dos povos indígenas. Em suma, o governo baixa uma portaria para emperrar ou inviabilizar a demarcação das terras indígenas em favor dos invasores desses territórios.

Mais uma vez esse governo desrespeita a legislação que garante a participação dos povos indígenas na tomada de decisões que os afeta e avança nos seus propósitos de desconstruir os direitos indígenas assegurados pela Constituição e tratados internacionais assinados pelo Brasil, como a Convenção 169 de Organização Internacional do Trabalho.

Se quiser mesmo dar celeridade às demarcações das terras indígenas e seguridade jurídica aos povos indígenas, o governo Temer, por meio de seu ministro da justiça, deve revogar imediatamente a Portaria 68, a qual constitui notoriamente mais um ataque frontal, flagrante violação aos direitos humanos fundamentais dos povos indígenas que vem sendo denunciada reiteradamente por esses povos e seus aliados, inclusive em foros internacionais.

A APIB e suas organizações não se calarão diante de tamanhas atrocidades, repudiam integralmente o conteúdo da Portaria 68, que constitui mais uma afronta aos povos indígenas, exigem a sua revogação imediata e convocam as suas bases para a primeira mobilização nacional contra essas ameaças. Que a partir da primeira semana de fevereiro estejamos todos juntos e firmes mobilizados na luta nas distintas regiões e na capital federal. Pela garantia dos direitos dos nossos povos.

Brasília – DF, 19 de janeiro de 2017.

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB
Mobilização Nacional Indígena

Com Kleber KaripunaFrancinara Soares,Maximiliano Correa MenezesPuyr TembéAngela KaxuyanaMarcos Sabaru CamposAntonio Ricardo Dourado TapebaWeibe TapebaPaulo Henrique Vicente OliveiraZezico Guajajara,Fabiana GuajajaraFabiana Vaz de MeloFabiana FeteMaria Eva CanoéMaria Paula FernandesDinamam TuxáDavid Karai Popygua, Marcos Marcos Tupã MbyaLindomar TerenaLuiz Henrique EloyEric MarkyMauro Siqueira,Mauricio GuettaDélio AlvesAntonio Carlos DE Souza LimaNelson MutzieSrewe BritoYby PorangSarapó PankararuRomancil Gentil Creta,Ivan Bribis Rodrigues KaingangIvan Polcate,Ninawa Huni KuiWallace ApurinaEvangelista ApurinãUbirajara SompreDomingos Xakriaba,Ana PatteRildo Mendes Erisvan BoneLuis Carlos GuajajaraSuluene KuzawyBruno Caragiu Guajajara, Marcilene Guajajara, Surama TenteharArão Marize Lopes Tania PachecoCassio ValenteYakari Waritu Mehinaku KuikuroClovis MarúboJader Franco Marubo,

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Eletronorte & Golpista Contra Waimiri Atroari * Antonio Cabral Filho - RJ

Eletronorte & Golpista Cometem
 Atrocidades Contra o Povo Waimiri Atroari
Confira...
http://racismoambiental.net.br/2016/10/04/balbina-no-pais-da-impunidade-o-caso-waimiri-atroari-nao-e-um-exemplo-a-ser-seguido/ 
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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Golpistas Ameaçam As Terras Indígenas * Antonio Cabral Filho - RJ

Golpistas Ameaçam As Terras Indígenas


Documento da CGU Golpista condena formas de demarcação das terras indígenas alegando "fragilidades" e finaliza colocando todas as demarcações feitas até agora sob revisão. Confira...
http://www.cgu.gov.br/noticias/2016/10/ministerio-da-transparencia-avalia-politica-de-demarcacao-de-terras-indigenas 
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domingo, 15 de janeiro de 2017

Kaká Werá - Ativismo Etnoambiental * Antonio Cabral Filho - Rj

Kaká Werá - Ativismo Etnoambiental
http://kakawera.blogspot.com.br/ 
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Conheça este ativista ambiental empenhado na luta em prol da defesa das comunidades indígenas.
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sábado, 14 de janeiro de 2017

Arte Popular Do Brasil * Antonio Cabral Filho - Rj

Arte Popular Do Brasil
Conceição Dos Bugres
http://artepopularbrasil.blogspot.com.br/ 
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Este blog é uma exposição da arte natural de Conceição dos Bugres. Não só vale a pena conhecer, como também se deleitar com seu estilo espontâneo de esculpir. 
Confira
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Literatura Indígena Nas Escolas * Antonio Cabral Filho - Rj

Literatura Indígena Nas Escolas
http://escritoresap.blogspot.com.br/2010/12/literatura-indigena-nas-escolas.html 
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Amapá debate a literatura indígena nas escolas. 
Confira!
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Eliane Potiguara - Literatura Indígena * Antonio Cabral Filho - Rj

Eliane Potiguara - Literatura Indígena
http://elianepotiguara.blogspot.com.br/ 
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Quero convidar a todos para conhecer Eliane Potiguara, uma escritora indígena brasileira.
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Blog De Yaguarê * Antonio Cabral Filho - Rj

Blog De Yaguarê
Yaguarê 
em atividade na FNLIJ
http://blogdeyaguare.blogspot.com.br/ 

Todos estão convidados a conhecer Yaguarê, um escritor indígena do Mato Grosso.
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